segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
ÁGUA
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19:02
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vazio.
meu vazio nunca foi tão cheio de antagonismos burocráticos.
minha água não flui. meus chackras estão fechados, minhas rezas não chegam até o senhor.
minhas blusas encolhem, o ferro queima as calcinhas, que não secam em meu sol escasso.
eu acho melhor sentar, esperar a tempestade do pó passar.
as pulgas assolam meu cachorro, e o dinheiro...o dinheiro que não brota em árvores.
essas falas eloquentes de um cara qualquer, que me amassa - e mal sabe ele, como me amassam.
as mãos do outro que me enrolam, os sapatos de papai que me pisam, as palavras de mamãe que afagam, os gritos histéricos da saudade dos distantes...
me dê água, por que hoje estou com sede.
quero estar sóbria quando o vazio estiver apenas vazio.
meu vazio nunca foi tão cheio de antagonismos burocráticos.
minha água não flui. meus chackras estão fechados, minhas rezas não chegam até o senhor.
minhas blusas encolhem, o ferro queima as calcinhas, que não secam em meu sol escasso.
eu acho melhor sentar, esperar a tempestade do pó passar.
as pulgas assolam meu cachorro, e o dinheiro...o dinheiro que não brota em árvores.
essas falas eloquentes de um cara qualquer, que me amassa - e mal sabe ele, como me amassam.
as mãos do outro que me enrolam, os sapatos de papai que me pisam, as palavras de mamãe que afagam, os gritos histéricos da saudade dos distantes...
me dê água, por que hoje estou com sede.
quero estar sóbria quando o vazio estiver apenas vazio.
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