autora
Eu sou um clichê; Pedinte, andarilho e cego. Vou cuspindo palavras sem nexo Até você entender... que eu não faço parte disso.
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009
O GOSTO DA ÁGUA
postado por . @ 17:54 0 Comentários
há de se perdoar, ou tragar novamente.
há de se balançar, ou pedir mais uma dose.
a sede veio cedo de mais.
frívola - matutina - empoeirada - e bem quista.
deixando os olhos abertos - como ser possível - faltam 8 pesos...
eu faço mensão ao silêncio - meu voto de castidade á vista?
parcelando o ermo, more.
LIBERTE-ME MARGOT VI
postado por . @ 17:37 2 Comentários
foda-se, fodam-se.
a limpeza no armário dele foi fundamental - me despi de qualquer sentimento involuntário.
os casacos flanelados, cheirando a mofo, com traças e amarrotado, as velhas calças apertadas, o cinto marron-blasé - tudo fora ao lixo.
quis chorar, só pra marcar meu território, quis enterrar com lágrimas, só pra ter valia.
pensei em queimar as meias, pra virar lenda - em amarrotar em uma fronha, pra naõ deixar esvaír tudo...
mas lá se foram as peças - tão tiradas e amarrotadas.
seu perfume vagabundo ainda estava lá, pairava nas entranhas macilentas -
'viver de restos tem lá suas garantias' .
acendo um cigarro, encho o pulmão e deixo a conotação tomar conta...só por esse cigarro...
'sou a traça, vivêndo no branco do xadrez vermelho-gozo.'
eu realmente me lamento - última tragada - a sensação do masoquismo foge - uma dor de cabeça pendente.
'henry filho da puta'
O CARNAVAL QUE É NOVEMBRO
postado por . @ 17:34 0 Comentários
o pão caído...miolos são intragáveis.
acompanho da dança do resto - molhando meu vestido, entrando em peles, lavando as fuligens.
eu gosto é do gasto. eu quero é o resto.
três voltas pelo jardim matinal - uma cãibra, um soluço - um apreço. apareço e rezo pelo outro.
silêncio, novembro se despede.
eu me dispo em direção ao ermo...
PÃO
postado por . @ 17:16 0 Comentários
lá ela balança, na cadência que é ser balançada, devagar e movendo - a última folha da árvore de outrora.
domingo, 29 de novembro de 2009
#deixe-me falar querido
postado por . @ 16:58 0 Comentários
confesso,
as unhas vermelhas cortadas ao toco mostram a inquietação.
subo e desço da torre não muito alta - chego a suar, baforejo mas insisto em continuar.
a porta lateral - proíbição decadênte - sem escalas ás dores absurdas e inflamáveis.
meu prumo sem direção...
gosto por querer ficar, despetalar - inflamar e deixar a fissura aberta.
queimando - afora - fuligens.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
#MEUINTERIOR?
postado por . @ 19:42 0 Comentários
da cozinha sai um cheiro podre, do ralo eu acho.
e ver toda a louça empilhada, e os talheres gordurosos me dão mais moleza ainda.
pão amanhecido ( várias manhãs ), um tomate e azeite - é o que eu tenho hoje.
ah, e o suco light de uva verde - diga-se de passagem é um suco maravilhoso, um saco inteiro para meio copo d'agua - ficou tecnicamente 'tomável'.
enquanto espero o pão duro esquentar no tostex penso em como você irá afagar minhas dores de outros amores.
eu não faço muita questão de que perdure, basta saciar a fome diária de 'meus-e-outros' existentes.
nem te peço abrigo só te peço encolha - a cada gole bucólico da saliva mordaz.
[...]
ouço o tsii do pão queimando, já sinto o cheiro de pão torrado de mais.
volto pra mim e continuo a pensar...na saciedade imatura dos fatos platônicos.
' por que um só pão não irá me alimentar'
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
#bêbada de sono
postado por . @ 18:25 0 Comentários
hoje já é amanhã.
tenho de durmir, então vou apagando as luzes soterrateiramente.
os anjos que me esperem - no escuro do quarto, na cama redonda, nas ondas de cetim vagabundo...
incitando o lado 'humano' - demasiadamente humano!
FEAR THE SEA
postado por . @ 06:08 0 Comentários
meu CÂNCER me ataca novamente.
forma branda, abstrativa - meu pessoal 'medo' do imediato curativo.
quando os olhos passam atráves do véu dos medos dissolutos - através da associação - e então você sente a eventualidade dos fatos atráves de VOCÊ.
domingo, 22 de novembro de 2009
#7
postado por . @ 09:17 0 Comentários
[...]
dois dias sufocantes - menos um para a desordem.
ele baforeja sua fumaça amedronatada á ela, que cospe as cinzas de um amor-mor decandênte.
viram-se de bocas coladas umas as outras e sussuram: 'você é o que eu sempre quis, me liberte'.
ele a faz deitar, deliberadamente.
ela renega seus beijos - como que fazendo parte de um charme sádico.
o calor inebria e põe fogo á qualquer infâmia existente
[...]
sábado, 21 de novembro de 2009
MEU QUERIDO
postado por . @ 06:35 0 Comentários
sombras famintas taciturnas - inférteis em terras MINHAS.
fazei-o bem, amai como vos amo irmão!
plantai-vos a colheita eterna da vida continua e transcedental...
leve-me contigo - numa fumaça qualquer, num blues soturno, vinho barato - nos cacos d'alma.
vá COM paz,
meu amor...
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
LATENTE
postado por . @ 14:40 0 Comentários
âmago - amargo - caindo aos pedaços, pedindo pra deixá-los ao chão.
'há porcentagem de encontra-los' - digo.
desço a escada - último degrau - espero que desça e peça - suba!
quarenta graus, sou sua última mulher - do ano.
seus olhos rasgados - e nem se sabe o por quê - olhe pra cá, minha placa levantada, eu peço - olhe por mim...
estou suando - traspiro e piro - e digo: 'eu gosto' - ore, olhe - trasborde.
thiago,
meus batimentos...
cãibras, soluços - mãos, me apertam - não ao toque!
amigo - posse - traga - ouse - alarde - subverta! - moi.
eu abro,
três botões da única túnica que faz mensão á castidade...
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
CAFÉ
postado por . @ 12:42 0 Comentários
só se alguém te tocar
só que alguém te toque.
desenlace perfeito, totalmente ingênuo.
eu nem quero mais meu copo, eu saio assim, como quem não quer mais nada daquele antro chamado de lar...
...mas só se alguém me tocar, e só se você me der o toque...
suas cinzas, seus dias púrpurios e meio primaveris,
minhas tardes e seus cadáveris meio esverdeados - já não estamos mais no clima tumultuado da geração normal...
patéticamente normal.
'quando chuver, e alguma gota de lágrima queimar a ponta do meu nariz, e estratégicamente seu antebraço' - vamos tomar um café.
'assim, simultanêamente'
fingindo patéticamente o imprevisto da fatalidade, por que estará escrito.
'não mensiono o arcoíris por que acho colorido ao extremo'
...mas nós vamos ver o pôr do sol, se ele conseguir chegar a tempo de não se perder...
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
#5
postado por . @ 14:51 0 Comentários
UM AZEITE, PELO AMOUR D'DEUS!
uma cebola, pra fritar meus ovos - um coentro ou um pimentão - só pra 'dar cócegas' - um míope com a boca rocásea e mãos maiores que as minhas - só pra me entreter e perder e comer e...
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS; foi o que eu li na blusa rosa 'xamego' da loira do lado dele, simpática ela e...tão loira.
sou preconceituosa, admito - não tolero loiras, pessoas criativas e sardas.
o pensamento de projeção pula na frento do mero ciúmes - projeção do quê? reversa? rs.
estou na minha fase light - sem bebidas nem cigarros - e que eu não me entenda mal mas...não quero fazer de um humano-passível-de-amour um escapismo barato...
preciso é me afogar nas lamúrias de uma paixão sem dó!
Amor com amor se paga.
NATASHA, eu ainda te amo...mas pro bem dos meus porres seguintes...eu vou te largar!
terça-feira, 10 de novembro de 2009
ELA
postado por . @ 12:17 0 Comentários
peguei um móvel, velho, empoeirado e cheio de cupim.
acho que herdei isso de mamãe, reciclar,
ou melhor: achar que pode transformar, achar que tem o poder de, e de certa e magnífica forma ela tinha.
não me contive, não que eu goste do estilo fazenda, rústico ao extremo...mas eu tenho visão futurista...rs eu o vi pintado, com vidros novos, limpo e sem cupim.
carreguei por dois quarterões, estou exausta.
cheguei fedendo, fedendo ódio - dos três caras com sombracelhas feitas que me ajudaram, que mais olhavam para meus volupituosos peitos suados do que para o chão - fedendo velho. mofo. e um pouco de suor. estou pingando!
acho que vou deixá-lo na parede de frente á porta...por que quando estiver reciclado...ah...
pintadinho...
acho que vou fazer uma pátina!
não, na verdade...pátina?
que horror, projeção de minha infância, onde paredes eram amarelas, os copos azuis e o móveis achados no lixo - por que mamãe achava que era cult - eram perfeitamente 'patinados'.
acho que veio por associação ao lixo, pátina não!
não estou virando mamãe, estou?!
...é, veio por associação, por que...pátina igual á móvel usado, igual á lixo...
e não me vem nenhuma filosofia barata pra me indispor á isso. merda.
por falar em filosofia barata de merda...
aquele cara é uma comédia, cheios de dedos e com amputações quase que absurdas!
verdades entre-postas á mentiras sinceras, ou seriam verdades desumanas?
eu gosto de seu óculos 'acrílico' com fissuras extensas na lente, seu grau quase 20.
talvez o mal-humor decadênte tenha vindo da infância.
eu, que tenho mísseros dois graus - que só uso pra dar aquele charme estudantil, aquele sex appeal, o ar de virgem suicida com problemas emocionais - sofri na escola: quatro olhos, quatro olhos...
imagino um fundo de garrafa, com todo respeito.
talvez o sarcasmo tenha vindo daí, brindemos ao seu defeito perfeito! brindemos á sua má formação! brindemos ao seu fundo de garrafa!
...e claro, á sua boca pequena.
por que bocões são hipérboles humanas...desumanas...
sexual de mais, pra mim.
te diz: quero prazer!
e visualizando sua boca agora eu penso: só queria beijá-la.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
SR. TACI,
postado por . @ 07:19 0 Comentários
fico aqui a pensar de onde vem tantas mãos, sonhos e persuasão.
um verão qualquer, desde que o sol não se exponha tanto.
você não pode amar...
pscina qualquer - não desenboque na minha imensidão.
eu vou te cantar, mas só quando estiver fora da realidade.
vamos cantar o blues da piedade?
[...]
tire o casaco mas não a meia.
fique á vontade, a casa não é nossa.
minicertezas - estou frágil.
...sua banguela perfeita.
vamos pedir piedade?
terça-feira, 3 de novembro de 2009
#umnúmeroqualquer
postado por . @ 15:09 0 Comentários
sua mente, meus pensamentos - calcário.
EU-
INDO
e VINDO

bocejando quanto á qualidade tempestuosa da casualidade vã.
te empresto meu casaco - quer pôr?
minhas mãos sentem um frio fora de hora - [...]
tudo bem, elas vão dissecar - e dissecando vou - vamos?
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
MÉIER
postado por . @ 13:29 0 Comentários
imagino o quanto tenha gozado e aproveitado de meu momento secante.
o quanto a solução irradia sobre o pensamento negro.
eu não me importo com quantas madeiras fazerá um bote inflável.
não, eu realmente não me importo.
ouço seus passos frios e calculistas, medindos os meus - tão joviais e imaculados.
sou atraída a uma bolha de sabão, grande e aparentemente transparente.
...me envolve...
única - reflexiões e pensamentos mil - serei a única?
metáforas incestuosas, divindade em formas de prosas malquiavélicas.
meu teste.
e eu, que me cortava com chaves-de-fenda sem ponta.
'você está errada, é bem mais que fraqueza, é falta de coragem.'
ata-me - mãos e pés.
eu vou deixar - chegando ao limite.
visualizo a marca da chegada, sem antes pôr pés e asas pra fora.
consumindo o traço borrado.
fora do baralho.
'tão casta, posso pedir-te para envolver-me em suas feridas, gostaria de pedí-las por empréstimos.'
me doando. ao nada. lástima coerênte.
[...]
'faça uma bolha de sabão...'
'você é tão triste...'
#4
postado por . @ 08:45 0 Comentários
tão vazio quando a alma de papai - mas seu nariz é melhor.
eu disse que preciso repousar.
...por que esse sentimentalismos exacerbados podem virar meu câncer.
FRÈRE, VA ME LAISSER ?
postado por . @ 08:00 0 Comentários
como uma droga caindo em corrente, de novo.
mas me manterei aceso, só pra ver onde vou chegar - mesmo que não esteja completamente aqui.
chorarei lágrimas de terceiros, por que eu gosto de sentimentalismos - como empréstimos.
irmão, não me julgue - não quero conversar sobre suas experiências com john.
tentei manter-me na linha tênue - joio do trigo
mas ele cai novamente em corrente.
nada coerênte.
um clichê pela noite quente, um noise e delírios...
mas hoje, hoje me sinto enjoado...
como um over, ou um porre.
tento esquivar-me de mãos aparenteme afagantes.
lembro-me do que disse:
'vá me encontrar ás 7:30, na velha estação.'
fui covarte, e com muita sede ao pote.
por que encontrar-te,
irmão - solta do meu ombro.
faço você aperecer em tudo que é canto.
...irmão, você não quer tentar de novo?
[...]
'seu cigarro vai apagando na chuva da madrugada'
domingo, 1 de novembro de 2009
LIBERTE-ME MARGOT (TRECHO)
postado por . @ 20:09 0 Comentários
pedi que tirasse suas mãos de mim, e que me afagasse como se fosse uma irmã.
sentou na cama, puxando-me, forçando-me para baixo.
olhou-me nos olhos.
vi um bichando, quando rastejando á meus pés.
um bichano mal-cuidado, com fome, pulgas e carrapatos.
meu poodle, com sede - meu boneco moldável - meu personagem.
repousou a cabeça em minhas pernas,
que desnudas estavam.
suas lágrimas secando em mim.
...eu também era vítima, dando e recebendo uma carga que nem eu sabia onde iria parar.
'limpe minhas fuligens' - disse ele, quase que implorando por uma satisfação divina, um sopro no grito da juventude.
eu tremi, e ousei.
decidi dar um alívio ás cicatrizes de henry...uma por uma...