autora
Eu sou um clichê; Pedinte, andarilho e cego. Vou cuspindo palavras sem nexo Até você entender... que eu não faço parte disso.
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sábado, 30 de janeiro de 2010
HEY,
postado por . @ 19:34 1 Comentários
oi,
eu estou á salvo.
oi,
eu estou aqui.
oi,
você quer uma dose?
oi,
sou eu de novo.
oi,
eu posso te tocar?
oi,
eu vim pra te dizer...
oi,
adoro o nada que você é.
oi,
eu posso durmir aqui?
oi,
eu vim só pra te dar tesão.
oi,
você quer durmir aqui?
oi,
eu acho que somos iguais.
oi,
posso te embebedar?
oi,
eu acho que você é tão lindo.
oi,
eu te quero bem.
oi,
eu não tenho mais idéias...
oi,
oi, tudo bem?
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
CITY AND COLOURS
postado por . @ 05:20 0 Comentários

Dallas Green - City and Colour: é tão bom, mas tão bom; que confesso, me dá um sono...rs.
[lembro da adolescência, onde ouvia qualquer porcaria de doom metal e durmia como um anjo - vai entender!]
todas as músicas parecem trilha de seriado; ahhh e é tão bom você ouvir em alfa, quase pegando no sono...
nem tem tanta firula na música do cara, viola e ele, ou alguns elementos (e isso me fere, por que não toco? deus dai-me o dom!)
me disseram que é indie; bom, nessa nova ordem classificatória de gêneros eu sou péssima, eu fico com o rótulo de que é muito bom e ponto.
abaixo o link prá dar uma conferida no som do cara:
CITY AND COLOUR - DALLAS GREEN
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
EU VOLTO
postado por . @ 17:12 0 Comentários
me deu vontade de falar eloquentemente.
mas ela dorme, e elas também...
e
já que ele se foi
e
eu estou só,
eu vou divagar.
devagar, por que alguma coisa me consumiu.
[...]
essa música
eu
escuto essa música,
mas não ousaria dizer
que
ela foi feita
pra
mim (?)
é sobre um cara
que
vai há todos os lugares
que
sempre quis estar
e
de repente
ele

quer voltar
pra casa.
dá pra mensurar a tristeza
de
voltar pra casa (?)
pra
não
te
ver...
pouco importa
eu
sou
forte (?)
e
eu não quis me perder
aquele dia;
eu
só queria
você.
'me mostre fatos'
eu.
[...]
basta,
eu
vou
acender mais um cigarro de menta
por que
eu
sou
fraca (?)
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
18/02/06
postado por . @ 11:10 0 Comentários
[...]
tem uma formiga andando horizontalmente na parede.
ele vem jogar seu clichê-piegas pra mim, que devolvo em bom tom.
e o quero, hipoteticamente.
esse som que sai das caixinhas pequenas me satisfaz,
eu espero poder chegar á noite
e sentar-me
lá na rede
e tragar.
'ele tinha um cheiro de menta
e eu
gostava.'
eu fiquei relaxada,
até saber que suas mãos eram pequenas de mais.
[...]
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
OLÁ, TUDO BEM?
postado por . @ 08:35 0 Comentários
tudo se torna tão PEQUENO.
é cinza novamente.
vou lá comprar um doce...
nada que possa preencher.
lápis de cor, a caixinha vermelha.
oi!
moça, você pode pegar?
meus micro pontos...
lá em cima, no alto da ponto.
esquina com a casa verde.
peço o último copo d'agua.
tão insípido.
estou no ceú, sem sal.
olá amigo, vem me abraçar.
deixe-me rodopiar como seu pião.
segure-me e não me deixe cair.
cubra-me.
algum lugar eu ouço:
'essa é a última vez.'
procuro meus poucos pares de sapato,
eu preciso ir,
preciso ir,
eu
preciso correr.
olá, pode ficar aqui comigo?
vão cortar a árvore do quintal.
olá,
tem alguém aí?
olá?
1,55 MÍOPE
postado por . @ 04:36 0 Comentários
eu ponho a melhor foto.
meu melhor ângulo.
o melhor batom, a melhor roupa.
tiro o óculos.
faço um olhar blasé, como quem quer comer,
faço cena e pose.
abro os olhos, pra não dar pistas: 'sou míope'.
faço um biquinho,
'seus lábios...grossos lábios.'
acendo um cigarro e fico envolta.
sento em qualquer lugar e peço: 'tira uma foto aê.'
não tenho celular, não tenho câmera.
mas todas as fotos são minhas.
no carro - as férias.
no quintal de pscina da casa dela - final de semana.
no banheiro 'azuleijo limpo' - acabei de acordar.
na estrada que liga a roça-emergente á roça-desenholvida - por aí.

...
sou eu.
a farsa.
domingo, 24 de janeiro de 2010
EU NÃO ADORO A CAROL
postado por . @ 05:56 0 Comentários
'vou pegar pra beber alguma coisa.'
'beber o que?'
'não sei, uma xícara de conhaque podre que tem ali na geladeira; por que, quer?'
'xícara de conhaque? nove horas da manhã?'
(risos sarcasticos)
'você não precisa tomar uma xícara de conhaque para dar coragem' - diz ele rindo e olhando fixamente meus lábios.
'pois é. a tal coragem eu tenho, guardada no bolso fechada com zíper. quando tenho vontade deixo a pobre da coragem vir. é manual, abre fecha. fecha abre. imagina eu, 'socialmente alta' não terei coordenação. então, meu caro, relaxa a bebida é apenas uma bebida pra mim.'
( eu sabia que ele subverteria o assunto. e insistiria na arte do incesto. dois filhos do céu se comendo ás 9 duma manhã de quarta fresca. não, isso é muito clichê, e previsível de mais )
fui pegar a bebida, quente desceu cortando, queimando meu estômago.
uma xícara é o suficiênte.
( estômago vazio, dois biscoitos crem craker pra tapiar )
'você quer?'
'não...'
'o biscoito'
'quero, um pedaço só. chega mais perto, você tá muito longe...'
(ele subverte novamente. se ele fosse um tanto quanto mais sutil....talvez ele não estivesse aqui. )
'tá bom aqui?'
'mais...'
'aqui é meu limite.'
'ah, você tem um limite traçado?'
'sim. ás vezes.'
( silêncio absurdo)
começo a cantarolar quase que involuntariamente. quase não TOTALMENTE.
''Miss Lexotan 6mg garota...
Ela tem andado meio frígida
Tem se preocupado com as coisas do coração
Ela teme intensamente que jamais conheça um carinha
Que vai comê-la estando apaixonado...''
'que porra é essa?'
'júpiter maçã.'
'que droga é isso?'
'nossa, quanto hostilidade!'
'mas isso é o que, uma música?'
'é, estava cantarolando...logo música.'
'é verdade?'
'é. ou você acha que eu acabei de inventar?'
'mas você acha que jamais vai encontrar um carinha que vai ter comer estando apaixonado?'
'não. eu disse é verdade quanto a música ser uma música mesmo!'
'hum...'- odeio o olhar sarcastico dele. ele fica mais 'homem', talvez pela minha referência de homem ser meu pai. o cafetão por prazer, hobbie.
'hum nada oras, eu tinha entendido...'
'relaxa. eu estou apaixonado por você.'
'eu dou uma gargalhada agora ou espero você dizer que me ama?'
'eu disse que estou apaixonado, não que te amo.'
(me jogo na cama de costas. um desmaio voluntário. eu amo qualquer um, só não fico apaixonada...faço ele se deitar junto á mim.)
'eu amo todo mundo, só não fico apaixonada.'
'me ama?'
'amo.'
'agora?'
'agora?'
'é.'
'não, não assim.'
'como?'
(levanto da cama, e sento na cadeira confortável do computador. reclinável giro, e penso numa resposta hermética e concisa. que não dê margens.)
'amo o mundo. tenho amor. só não quero foder por aí.'
'a gente fode aqui mesmo.'
( na minha cama não! )
'pára de ser repugnante! pára de ser chato!'
'por que não ficamos?'
'por que...'
'por que?'
'por que teria te pensar em você.'
'pois pense!'
'não, não assim.'
'como?'
'rola um problema de vícios. eu sou compulsiva. obsessiva compulsiva.'
'adoro vícios. você é um dos meus.'
'não. não. vou te querer a cada manhã, a cada tarde, noite. solidão e nos acessos também.'
'eu viro sua droga.'
'eu vou morrer de overdose.'
'morreremos.'
'e...'
'resussitamos. é o ciclo da vida.'
'rotina?'
'um pouco.'
'sei.'
'eu gosto.'
'não vou transar com você.'
'droga. ainda tem conhaque?'
'um pouco, vou pegar mais, quer?'
'quero né.'
''quero né' babaca!'
'você não quer foder mas pega o conhaque e trás num copo...num copo decente!'
'o que? não vou pegar! vem comigo, você enche teu copo eu encho o meu.'
'babaca.'
'bacaca.'
(risos)
'vamos ver um filme?'
'ah trouxe um ótimo!'
'qual?'
'não está sozinho, alguma coisa assim.'
'vamos.'
'vou me redimir, farei a pipoca.'
'ok, vou fazer o brigadeiro.'
'ahhh cara, você viu aquela entrevista com almodóvar sobre o...'
sábado, 23 de janeiro de 2010
ESSA SALIVA QUE ESCORRE...
postado por . @ 09:02 0 Comentários
tudo é pensado como deveria ser.
e então as horas passam e o buraco aumenta.
vamos finjir e fugir por aí.
por que o lote dessa caixa de cigarros me deixou afim.
a boina na cabeça dele fica melhor do que na minha.
seus dentes brilham, e eu esqueço que são tortos.
há uma concentração exorbitante de massa na barriga.
mas não que isso intervirá na vontade que eu tenho.
tudo é frouxo.
ninguém sabe amar como eu.
pretendo embriagar-me em suas frases ambíguas
e
prolixas.
posso?
posso te tirar?
'posso te tirar do platô?'
blusa apertada, e nenhum frio se faz.
mas me aqueça.
'me aqueça?'
não ouso movimentos bruscos, meu reflexo se foi.
tanto faz essa saliva que escorre
quente
e
insípida.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
MEU BURACO
postado por . @ 18:33 0 Comentários
Talvez eu ache tudo isso muito obsoleto, e talvez eu seja arcaica e então me encaixo ao meio.
Eu preciso de um pouco desse pó, que ainda percorre por aí - sem onde pousar.

Aqui há o encaixe, há aquele buraco, talvez uma ferida aberta, ou talvez só haja mesmo o buraco, que não dói nem lateja, mas está lá; só esperando o complemento para o 'mellhor funcionamento' - mas não que seja de um todo viável, não que se cure, não que amadureça nem que retroceda - só o encaixe.
Eu vou esperando, como alguém que vive; abrindo as janelas, espiando por algumas frestas - vou dando passagens há alguns, nenhuns e qualquer.
Por que talvez o 'buraco' tenha de ser tapado, coberto - esse frio que se sente aos montes, que alastra e se espalha repugnantemente por entre a boca de meu buraco-mor dá passagem, abra caminho para ESSE retalho aumentar.

E de novo me vêm o pó, esse ar do café esfriando e o vento, por que o vento...

O vento molda os lençois ao varal, excita quando faz juz á mostra dos belos pares de coxas (juvenil) de srta Lefevre, quando interfere fluvialmente na maré dos rios[...] e quando me traz o pó. e quando me traz á mim. e quando esfria meu café...
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
BONS VENTS
postado por . @ 13:49 0 Comentários
eu realmente não consigo ficar inerte á tudo isso.
sinto uma carga, sinto que tenho o poder de ser. mas não sou.
por que talvez isso tudo me abafe.
o calor de outros...
demasiado intenso.
[...]então abro as janelas, e me dispo - qualquer mensão - e os olhos dele fitam (janela-ela), sem intervenção alguma.
refresco-me.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
AMAntes
postado por . @ 17:45 1 Comentários
[talvez eu seja pobre.
a mais pobre entre os pobres.
a mais podre entre os pobres.
a mais ordinária.
talvez eu seja sã, do tipo que pensa demais.
dementia da mente. que se cobre de egocentrismo.
talvez má, que doe de alma e corpo presente as purezas de um amor-de-tarde.]
sendo eu,
sugerindo á outra.
por entre bocas e nucas e coxas,
comendo todas.
eu sei,
que o passo maior foi dispir os lençois
de cada cama macia,
e cada lábio rosáceo morder com desejo.
e cada botão ao chão,
cada mão,
cada respiração.
cada uma dizendo: NÃO, fique.
só essa noite.
veremos um filme, te farei massagem.
cozinho. lavo; teus pratos, teu cabelo, teus trapos.
não solte minha mão.
ao chão, se arrastam. pedem clemência e compaixão.
ao fundo se ouve:
VOLTO LOGO, MEU AMOR.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
BURNS
postado por . @ 05:10 0 Comentários
três cortes e duas unhas amassadas.
o tempo passou rápido demais.
o céu já está claro, e as folhas voltam a cair.
ele repete o mesmo erro.
ela ainda ama o mesmo.
os cortes aindam não foram cicatrizados.
mas seu estômago vive em constante mudança.
simpáticas essas moças do balcão.
distribuindo sorrisos.
o filtro de barro quebrou, mas elas aindam sorriem, faz parte do pacote.
o velho mendigo reclamão,
os bolivianos,
o louco por dinheiro,
e a louca por ele.
tudo ainda no platô plausível.
a velha crosta matutina.
o despertar o relógio ás sete, que parecem duas da manhã.
o banho relutório.
o café sem graça.
a falta de você.
a louca falta de você, da louca com problemas estomacais.
tudo nos conformes...
quanto tempo passou?
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
#12
postado por . @ 16:15 0 Comentários
vire e mostre seus ombros, como quem se oferece.
que entorne a cabeça, como quem me entorpece.
vou pedir que se mostre,
em pêlos.
quero a intimidade vã.
a casualidade passiva.
os olhos bem repousados.
vá, devagar,
sentindo que vejo.
fotografo ao menor movimento.
mostre-me as pernas,
deslize mãos.
liberte a hipocrisia velada.
ame a idéia de amassar-me.
sentindo que vejo.
e desejo
hipoteticamente
que caiba em minha cama de madeira polida.
JANEIRO
postado por . @ 15:26 0 Comentários
por que tende a falar alto com bêbados?
não sou surda, amigo.
chegue mais perto, te conto a infindável história de meio último romance viceral do mês.
te contarei como meu coração é leviano, vadio e sem caráter.
não chegue muito perto não, mantenha a distância dos lábios.
o mês termina e...preciso de uma nova salvação.
e esses teus lábios...
são tão pequenos e sadios.
mostre-me as mãos...
posso descançar no teu peito?
preciso que me lavem o cabelo.
uma água morna.
troco o peso do copo vazio
pelo peso do corpo maçante.
não fique contra a luz.
leve-me daqui.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
SALIVE
postado por . @ 17:14 0 Comentários













[...]talvez não mais morda.
por que talvez me engane, e mate.
tépido de mais.
eu quero ver arder...
cinzas, e cinzas e poe um vermelho puta.
que é pra eu me excitar.
nada mais me faz velar...
senta.
acende teu cigarro.
abra o livro, página 122.
leia, não decodifique.
cultive o estado letárgico,
sob o platô de não-estar.
ilusório, ilusório.
cultive o mapa,
que desliza...
ornamentos que julgo nesnecessários.
infringindo algumas leis de acesso simultâneos.
[gélido]
droga,
corte a bêbida.
por que eu estou ardendo.
passa ao outro capítulo, libere meu espaço do lado direito.
[...]vou durmir.